sábado, 17 de fevereiro de 2007

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A Direcção-Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) vai levantar um processo de averiguações para esclarecer as circunstância em que a directora da cadeia de Tires, Fernanda Aragão, autorizou a visita de José Castelo Branco, fora de horas, à amiga Maria das Dores.
A visita, como o CM ontem noticiou, ocorreu na terça-feira, fora do horário, e decorreu numa cómoda sala de estar em vez do habitual palratório. O ‘conde’ beneficiou de tratamento privilegiado para se encontrar com a reclusa, suspeita de ter mandado matar o marido, o empresário Paulo Cruz. Castelo Branco até pôde fotografar a amiga. E gravou a conversa que ontem foi reproduzida, como entrevista, no diário ‘24horas’.A introdução nos estabelecimentos prisionais de máquinas fotográficas ou telemóveis com câmara e sistema de captação de som é expressamente proibida. A reclusa, de 47 anos, presa preventivamente, não podia prestar declarações. A Direcção-Geral, por norma, não autoriza entrevistas a presos preventivos.Os privilégios concedidos ao rei do jet set nacional – pela directora da cadeia – nesta deslocação a Tires e a utilização que fez do tempo lá passado levantam sérias interrogações ao corpo da guarda prisional.Jorge Alves, presidente do Sindicato dos Guardas, disse ontem ao Correio da Manhã que este caso “revela falta de profissionalismo”. Lembrando que as regras aplicadas aos visitantes têm em vista “evitar quebras de segurança”. “Uma revista rigorosa na portaria, manual e com o detector de metais, teria evitado a entrada de um telemóvel ou de uma máquina fotográfica”, diz Jorge Alves. Que critica o regime de excepção concedido a José Castelo Branco e à amiga: “Não é habitual e está errado, porque os reclusos são todos iguais. A outro cidadão, se chegasse fora do horário, diziam-lhe para voltar no dia seguinte.”A DGSP anunciou a abertura do processo de averiguações .Na quinta-feira a porta-voz explicou ao nosso jornal que a visita fora de horas foi autorizada por se tratar “de uma figura mediática que poderia causar alguma desestabilização na cadeia”. O Ministério da Justiça não comenta o assunto.

Um comentário:

Nonas disse...

Saiba-se que a "amiga Maria das Dores" e mae de um rapazinho da minha convivencia em tempos doroteicos, va. Eu conheco gente VIP, ok? ui ca bom